quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"Orei como o pequeno Brent."


“Era tarde da noite. O dia tinha sido longo e eu estava cansado. Nessa época eu trabalhava em uma pequena pizzaria na cidade de Elizabethton, no estado de Tennessee, nos Estados Unidos. Haviam sobrado três pizzas quentinhas que um cliente não fora buscar. Como me era permitido, resolvi levar as pizzas para casa. Era uma pena desperdiçar aquelas delícias. No entanto, como a distância entre minha casa e a pizzaria era de cerca de uns vinte e cinco minutos, elas já estariam frias ao chegarem lá. Além disso, não havia ninguém em casa. Sozinho eu não daria conta de comer as três pizzas. Quase que por instinto, orei, pedindo a Deus a oportunidade de abençoar alguém com aquelas pizzas.

No caminho, resolvi abastecer o carro. Enquanto enchia o tanque, observei uma senhora andando sozinha à beira da estrada. Gritei: “Boa noite, senhora, posso falar-lhe por um instante?” Ela me olhou assustada e desconfiada, mas ainda assim veio ao meu encontro. Sem introduções desnecessárias, perguntei-lhe se gostaria de levar as pizzas para casa. Seu semblante transformou-se, um olhar radiante de felicidade iluminou a sua face, antes triste; ela chorou copiosamente. Passada a emoção, ela disse: “Deus enviou-me um anjo.” A seguir, contou-me que tinha três filhos. Eles não comiam havia três dias. Em meio ao desespero, ela pediu a Deus uma solução. Seu filho Brent, de apenas quatro aninhos, havia orado pedindo a Deus que enviasse um anjo para lhes trazer o que comer. O pequenino garoto, cheio de fé, disse à mãe: “Mamãe, vai dar uma caminhada. Deus vai mandar um anjo para nos dar o que comer.”

Lágrimas quentes inundaram meus olhos e rolaram pela minha face abaixo. Como me senti bem. Deus me usara para abençoar aquela família. Para ela, eu era o anjo que o pequeno Brent havia pedido a deus. Deus também tem enviando anjos para me ajudar. Quando somos sensíveis à dor de alguém, nos tornamos anjos de Deus para esse alguém. Quando precisamos, Deus também enviará anjos em nosso socorro.

Quando decidi me casar, passei a procurar um apartamento para morar. Sonhava com o meu próprio cantinho, onde eu iria construir minha felicidade. Outra vez orei: “Senhor, envia alguém para ajudar-me; quero um apartamento com vista para o mar, que o aluguel seja acessível par anão comprometer o meu orçamento familiar.” Orei como o pequeno Brent. Eu também precisava da ajuda de um anjo. No final de um sábado cansativo, após visitar alguns apartamentos, fui dormir. Naquela noite tive um sonho impressionante. Em meu sonho eu estava em frente a uma porta azul de um apartamento e via o seu piso bem clarinho. Entrei e me dirigi à sacada. A vista para o mar era linda, exatamente como eu pedira a Deus.

Na manhã seguinte, acordei cedo, liguei para a Etiene, hoje minha esposa, e lhe disse, animado: “Vamos procurar o nosso apartamento.” Fomos até o bairro onde eu desejava morar e iniciamos a procura. Parei junto à portaria de um dos prédios de um belo condomínio. Enquanto caminhava em direção ao porteiro, disse a Etiene: “Amor, deus vai mandar um anjo para nos ajudar.” Perguntei ao porteiro se havia algum apartamento para alugar naquele prédio. Ele respondeu: “Aquele senhor que vem andando em nossa direção com certeza tem.” Pensei comigo mesmo: “O nosso anjo vem vindo.” Dirigi-me ao senhor e conversamos por alguns instantes. Sem mais nem menos, o homem encarou Etiene e lhe perguntou: “Seu nome é Etiene?” Completamente surpresos com a pergunta e antes mesmo de responder, ele falou: “Meu nome é José, sou seu cliente; você é gerente da minha conta no banco em que trabalha.” Sorrimos com a feliz “coincidência”. Fomos direto ao assunto. Expusemos o desejo de morar naquele prédio e nossa condição financeira. Imediatamente ele afirmou que tinha um apartamento para nós.

Entramos no elevador. Assim que a porta se abriu, dei de cara com a porta azul do meu sonho. Senti meu coração bater descompassado. Seu José enfiou a chave na fechadura da porta de entrada, rodou-a, ouvimos o estalo peculiar da porta se abrindo. A primeira coisa que fiz foi olhar para o chão; era clarinho. Atravessei a sala e fui à varanda. Lá estava uma vista maravilhosa para o mar, iluminada pelo sol em um céu azul. O preço era exatamente o que podíamos pagar. Deus nos enviara um anjo.

Quando ignoramos a necessidade do nosso próximo, Deus pode também ignorar a nossa. Cuidado, esteja atento às pessoas que estão à sua volta. Hoje você pode ser anjo que alguém pediu a Deus em suas orações. Mas, com certeza Deus colocará “anjos” à sua volta para ajudá-lo. Socorra o seu próximo. Deus vai fazer o mesmo com você.

A questão não é quanto oramos, mas o que fazemos pelo próximo. O sacerdote e o levita da parábola do bom samaritano oravam, mas não fizeram absolutamente nada em pro daquele que estava quase morto, à beira da estrada (Lc 10.31,32). O coração se revela não quando faz longas orações, mas pela forma com que ajuda e reparte o que tem. Orar e amar são a mesma coisa. O cristão não é conhecido por quanto ora, mas por quanto ama. Poder sem amor não é poder.

A oração aumenta a nossa capacidade de amar. Orar libera a energia mais profunda do espírito humano para ser gentil e paciente. Quando oramos, os impulsos maus são convertidos e agem para o bem. O contato com o Salvador lhe permite transformar-nos. Com Zaqueu, ficaremos livres do amor ao dinheiro (Lc 19.8). Como a mulher pecadora, cheia de gratidão, iremos derramar um perfume precioso sobre os seus pés e enxugá-los com os cabelos (Mc 14.3).

Que tal orarmos mais uma vez? Quem sabe exista alguém bem ao seu lado que precisa da sua ajuda. Ou talvez seja você quem necessite da visita de um anjo. Esteja pronto a socorrer alguém; Deus enviará alguém para socorrê-lo. Ore com sinceridade a oração a seguir:

Pai ajuda-me a enxergar as necessidades

de quem precisa de mim.

Ao ajudar alguém, te agrado sobremaneira.

Obrigado por me enviar anjos para socorrer-me

Quando preciso.

Acredito que minha oração será respondida.

Ajuda-me, em nome de Jesus. Amém.”

Que benção viu?! Me abençou muito, espero que tenha abençoado você também. Esse é um trecho de um livro “Orações não respondidas” de Tiago Coelho.

Com carinho,

Clara Emanuela

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