sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

NÃO RACIONALIZE NA MENTE, APENAS OBEDEÇA NO ESPÍRITO

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, por que elas se discernem espiritualmente. 1 Coríntios 2.14

“Aqui está uma ilustração pessoal prática que, espero, trará mais compreensão sobre a questão de racionalizar na mente em oposição a obedecer no espírito.

Certa manhã, quando estava me vestindo para ministrar em um encontro semanal que dirijo perto da minha cidade, comecei a pensar sobre a mulher que dirigia nosso ministério de ajuda lá e em como ela tinha sido fiel. Veio um desejo ao meu coração de fazer alguma coisa para abençoá-la de alguma forma.

“Pai, Ruth Ann tem sido uma bênção para todos nós todos esses anos, orei, “o que posso fazer para ajudá-la?”

Imediatamente meus olhos caíram sobre um vestido vermelho novo que estava pendurado em meu closet, e sabia em meu coração que o Senhor estava me impelindo a dar aquele vestido à Ruth Ann. Embora o tivesse comprado três meses antes, nunca o tinha usado. Para falar a verdade, ainda estava pendurado na sacola plástica em que o havia trazido para casa. Eu gostava muito dele, mas cada vez que pensava em usá-lo, por alguma razão não tinha vontade de vesti-lo.

Lembre-se: eu disse que quando meus olhos caíram sobre o vestido vermelho eu sabia que deveria dá-lo à Ruth Ann. Entretanto, na verdade não queria dá-lo, então imediatamente comecei a questionar em minha mente que Deus não poderia estar me dizendo para dar-lhe o vestido vermelho porque ele era novinho em folha, nunca tinha sido usado, tinha sido bastante caro – eu tinha até mesmo comprado brincos vermelhos e prateados para combinar com ele!

Se eu tivesse mantido minha mente carnal fora da história e continuado a ser sensível a Deus em meu espírito, tudo teria saído muito bem, mas nós, humanos, temos uma habilidade de nos enganarmos por meio da racionalização quando não queremos realmente fazer o que Deus está dizendo. Em alguns minutos havia me esquecido de tudo e tinha ido cuidar das minhas coisas. O ponto crucial era que eu não queria dar o vestido porque era novo e gostava dele. Minha mente arrazoou que o desejo que senti poderia não ter sido de Deus, mas que o diabo estava tentando tirar de mim alguma coisa de que gostava.

Algumas semanas mais tarde, estava me arrumando para outra reunião no mesmo local, como anteriormente, quando outra vez o nome Ruth Ann veio ao meu coração. Comecei a orar por ela. Repeti toda a cena, dizendo: “Pai, Ruth Ann tem sido uma bênção tão grande para nós, o que posso fazer para abençoá-la?” Imediatamente vi o vestido vermelho outra vez e me senti afundando em minha carne, porque agora me lembrava do outro incidente do qual tinha me esquecido rápida e totalmente.

Desta vez não havia como torcer a situação: ou tinha de encarar o fato de que Deus estava em mostrando o que fazer e, então, fazê-lo, ou simplesmente eu tinha de dizer: “Sei o que estás me mostrando, Senhor, mas simplesmente não vou fazê-lo”. Amo o Senhor demais para desejar desobedecer-Lhe intencionalmente, então comecei a conversar com Ele sobre o vestido vermelho.

Em poucos minutos, percebi que na ocasião anterior eu tinha chegado à minha conclusão fora da vontade de Deus e havia levado apenas um momento para fazê-lo. Tinha pensado que não poderia estar ouvindo o Senhor porque o vestido era novo. Entretanto, agora percebi que a Bíblia nada diz sobre doar apenas coisas velhas! Seria um sacrifício maior para mim dar o vestido porque era novo, mas seria também uma bênção maior para Ruth Ann.

Quando abri meu coração para Deus, Ele começou a me mostrar que, para início de conversa, havia comprado o vestido para Ruth Ann; por essa razão, jamais consegui usá-lo. O Senhor quis me usar como seu agente para abençoá-la o tempo todo. Mas tinha tido minha própria idéia sobre o vestido, e até que estivesse desejando abrir mão da minha idéia não poderia ser dirigida pelo Espírito.

Esse incidente em particular ensinou-me muito. Perceber quão facilmente podemos ser dirigidos pela nossa cabeça e permitir que a racionalização nos mantenha fora da vontade de Deus provocou em mim um medo “reverente” do questionamento.

Lembre-se: de acordo com 1 Coríntios 2.14, o homem natural não entende o homem espiritual. Minha mente carnal (meu homem natural) não entendia o fato de eu dar um vestido novo que nunca havia usado, mas meu espírito (meu homem espiritual) entendia bem.

Espero que essa exemplo lhe traga mais compreensão nessa área e o ajude a caminhar na vontade de Deus mais do que antes. (Por falar nisso, você provavelmente deve estar se perguntando se afinal dei o vestido vermelho à Ruth Ann. Sim dei, e agora ela trabalha em nosso escritório em tempo integral e, ocasionalmente, ainda usa o vestido vermelho para trabalhar.)”

Que benção NE?! Fui muito abençoada... Espero que você também tenha sido. Esse é um trecho do livro “Campo de Batalha da mente, Vencendo a batalha em sua mente” de Joyce Meyer.

Com carinho,

Clara


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